Eles estão como crianças, apesar de não aparentarem a idade que têm, porque se cuidam bastante. Eles têm algumas doenças, o que gera algumas limitações, e sempre pedem para eu resolver as questões do dinheiro deles, chegando a me dar a senha do cartão e deixar o dinheiro na minha mão. Vou ao supermercado e faço outras coisas também para eles.
Às vezes, eles choram quando minha família comenta que, um dia, eu vou ter meu próprio cantinho. Quando falam sobre eu sair de casa, eles ficam agoniados e imploram para eu nunca abandoná-los. Eu fico chorando por dentro e peço para mudarem de assunto. Mas eu nunca vou abandonar meus pais, nunca mesmo. Onde eu for, preciso levá-los comigo. Não posso deixá-los para trás e nem penso em pagar alguém para cuidar deles, porque eu não confio.
Também precisei amadurecer cedo e estar preparada para tudo isso, porque eles me tiveram já mais velhos.
Ficaram mais dependentes, principalmente, na resolução de problemas que para mim são simples, como por exemplo, agendar uma perícia por e-mail.