Na realidade, não são todos envolvidos.
Tem pai de família, trabalhador, moradores pessoas inocentes ali no meio...
Mas, pra diminuir o ocorrido é mais fácil falar que eram todos bandidos.
O ruim é que acham que todo mundo que mora em comunidade é envolvido/criminoso.
Primeiro, o que aconteceu no Rio de Janeiro nem pode ser chamado de operação. Chamar de “operação” o que ocorreu no Morro do Alemão é deturpar o significado do termo, que implica planejamento, legitimidade e objetivo definido. O que houve foi um massacre — dos dois lados. Não houve meticulosidade alguma para garantir a segurança dos moradores da favela, até porque sequer os ônibus deixaram de circular — o que, ironicamente, representava uma faca de dois gumes para quem depende do transporte público para voltar ou ir ao trabalho.
Se hoje existem o PCC ou o Comando Vermelho, isso é resultado direto de um governo de direita falido, repleto de moralismo barato e preocupado em posar de defensor da “Dona Maria”. Durante a ditadura militar, manifestantes contrários ao regime foram colocados junto a criminosos de cruéis a comuns no Instituto Penal Cândido Mendes, mas isso não deve fazer parte das suas competências, né? Essa convivência forçada e violenta, marcada por torturas e pela completa ausência de direitos, deu origem às primeiras organizações criminosas brasileiras — afinal, ninguém queria morrer nas mãos do “colega de cela”.
Criminoso é, de fato, criminoso e deve ser contido, assim como o Estado que criou o próprio crime organizado deve ser julgado. Então, existem, socialmente falando, duas vítimas: o pobre fodido que, devido às circunstâncias políticas e socioeconômicas, acabou empurrado para o crime; e a vítima que perdeu a vida nas mãos dessa pessoa. Ainda assim, reforço: aquele que inibe o direito do outro de ir e vir precisa ser contido.
Mas é muito fácil para as vagabundas(o) — porque é isso que essa escória é —, que passam o dia inteiro afundando o sofá, com a bunda mole, assistindo a vídeos curtos de qualquer pateta falando sobre o assunto, fingirem que entendem alguma coisa. Penso, não seria muito mais produtivo se limitarem a esfregar uma panela com Bombril ou bater uma laje, em vez de tentar pensar? Sobre as roupas, nem preciso dizer...