eles respondem
Tenho, mas no sentido inverso. Sou um ser eterno que habito um corpo mortal.
Penso nisso mais do que deveria.
"Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama
em um sem número de sistemas solares, havia uma vez um astro, em que
animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais so-
berbo e mais mentiroso da “história universal”: mas também foi somente
um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro,
e os animais inteligentes tiveram de morrer. – Assim poderia alguém
inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão
lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidade e gratuito
fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve eternidades, em que
ele não estava: quando de novo ele tiver passado, nada terá acontecido."
Nietzsche, Sobre a verdade e a mentira no sentido extra-moral.
Já pensei mais sobre isso, ultimamente não, mas a infinitude do espaço-tempo me assusta
Eu tenho medo de morrer. Embora a vida seja, boa parte dela, ruim, cansativa e com custo - benefício baixo, os pequenos momentos bons salvam todo o resto. Então, em uma contradição tragicômica, quando estou preso em meia hora de chuveiro não para tomar banho ou remover qualquer sujeira, mas para remover a névoa que paira na cabeça todo o dia e que não tem para onde correr no fim dele, penso o quanto a vida é sufocantemente difícil, mas que a ideia de nunca mais existir é, essencialmente, um terror muito maior que levantar cedo no dia seguinte para encarar a realidade.
Isso é realmente intrigante.
Maa eu penso que é bom saber que não sou um amontoado de carbono, uma poeira cósmica vagando pelo universo.
Me recuso a pensar que a vida é so matéria... creio que exista algo espiritual, uma lei importa por um ser divino e poderoso.
Ontem mesmo eu tava pensando: Sou imortal e ilimitado vivendo nesse corpo mortal que me limita.
Sim, mas não com as mesmas ideias.
Vejo tudo e todos como apenas um grande ecosistema, somos feitos da mesma coisa um monte de átomos que nunca nem chega a tocar um no outro, basicamente somos energia que de certa forma consegue se conectar de uma forma inimaginável, mas que de algum jeito acontece com prefeição.
E o tudo (do qual eu faço parte) não deixa de existir, por isso não me vejo deixando de existir, apenas vou deixar de ser uma porção individual e me reconectar com o todo.
Nós todos somos o tudo, consequentemente nós todos somos o próprio Deus na minha visão.