Chega. Já tolerei o suficiente. Já respirei o mesmo ar dos miseráveis de espírito, dos fracos que se agarram à virtude como desculpa para sua insignificância. Está na hora de voltar para onde pertenço — entre os que comem a carniça do mundo com garfo de ouro e riso contido.
Estou indo para o país onde os fracos servem, e os fortes colhem. Onde compaixão é um acessório de imagem pública, e não uma fraqueza moral. Lá, não há espaço para essa palhaçada tropical de "igualdade" — palavra cuspida por bocas sujas que nunca produziram nada além de filhos e dívidas.
Aqui, sobreviver é um ato de resistência. Lá, viver é um ato de conquista. Lá, o povo sabe quem manda, e se curva com elegância. Eles entendem que o topo não é para todos, e quem nasceu para rastejar não deve sonhar com céu. Aqui? Aqui se aplaude o incompetente, se dá voz ao imbecil, se protege o inútil.
Vou me unir aos arquitetos da escassez, aos mestres da manipulação, aos que regem o teatro humano com um aceno. Aqueles que entendem que o mundo não se melhora — ele se domina.
Se o povo daqui soubesse o que realmente penso deles, me apedrejariam. Mas não sabem. São burros demais. Ficam cantando hino, orando por justiça, esperando salvadores… enquanto os verdadeiros donos do jogo brindam com o lucro da ingenuidade alheia.
Adeus, escravos voluntários. Vou onde o sangue vale algo. Onde não há espaço para piedade, só poder.
Me aguardem, senhores do mundo. Um dos seus acaba de voltar pra casa.