Só olhar pros recordes. Em especial o ano de 2010. O PIB cresceu 7,5%, maior desempenho desde a redemocratização. Também foi o ano da mínima histórica do desemprego, 5%. Lula 1 pegou o Brasil com 37 bilhões de dólares em reserva internacional, em 2010 saiu com 290 no caixa, outro recorde. Pegou 12% de inflação no primeiro ano e deixou com 5% no último. Tanto que ele saiu com a maior aprovação da história, na casa dos 80%.
https://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2010/10/1211080-aprovacao-do-governo-lula-atinge-82-novo-recorde-historico.shtml
Também foi no segundo mandato que finalmente saiu a transposição do São Francisco. Muita gente elogia(merecidamente) o bolsa família, porque garantiu que o crescimento econômico fosse acompanhado de redristibuição de renda e diminuição da desigualdade. Idem pro Prouni garantindo mais oportunidade prós alunos de escola pública.
Mas pra quem esperava o lula radical do velho testamento, o governo dele foi o mais pragmático desde 86. Não teve nada de ruptura. Nem
plano real do Itamar, nem novo tripé econômico do FHC. De fato, a equipe econômica era basicamenre a mesma. Meirelles indicado pro banco central, e isso quando não tinha a autonomia que tem hoje. Pô, o vice do nine nos dois mandatos foi o José Alencar, do PL. Nada de sentar com a galera da esquerda radical(lembro do lula vaiado no velório do Brizola pela galera do PDT). Nada de reforma agrária, nada de bater de frente com os bancos e o sistema financeiro ou reverter as privatizações criminosas do FHC. Meh.
O problema foi que a economia cresceu acompanhada um enorme salto da dívida pública. O contexto foi a crise de 2008. Pra manter a economia aquecida, a política monetária foi impulsionada(congelamento do preço do petróleo, corte de impostos e subsídios pra energia). Quem pagou o pato foi a política fiscal. A conta chegou no governo Dilma.
Por outro lado, não existia essa direita histérica, era bem mais tranquilo o diálogo com a oposição.
votei em Segundo (2007–2010)