Não é egoísta, inclusive é uma tendência das novas gerações, o que implicará, nas próximas

décadas, numa queda no número de nascimentos e mais pra frente numa estabilização e declínio gradativo da população global, mas ainda vai levar um tempo.

A disseminação dos métodos contraceptivos; a inserção da mulher no mercado de trabalho; a proliferação das opções de lazer e o planejamento familiar são alguns dos fatores que contribuem para as pessoas terem cada vez menos filhos e maior controle em relação à natalidade. Países em estágios de transição demográfica mais avançados, como os europeus em geral, estão tendo acréscimo na população idosa e cada vez menos crianças e jovens, e isso implica em consequências para o sistema previdenciário.

No Brasil devemos chegar nesse estágio na metade do século. Países africanos e asiáticos, em geral, demorarão mais um tempo. Países mais pobres costumam ter mais filhos pela falta de instrução e/ou acesso à contracepção. Além disso, uma das únicas formas de lazer encontradas em algumas regiões destes é o sexo, o que explica a alta taxa de natalidade.

Respondendo a pergunta, não pretendo ter filhos. Talvez por um perfeccionismo indevido (?), por querer ser um pai perfeito, próximo dos filhos. Ser pai - ou mãe - implica em muitas responsabilidades, e quem quer estar apto a isso deve ter em mente do que irá enfrentar. O mundo também anda cada vez mais perigoso (pode ser uma desculpa esfarrapada, talvez) e isso acaba entrando na conta ao se pensar ter ou não filhos. E para se ter um, deve ser com alguém que você tem certeza ter afinidade e amar. O que mais estamos vendo são mães solteiras ou casais se divorciando por anteciparem, seja por descuido ou por falta de preparo, a decisão de engravidar. Os filhos podem ser a maior dádiva de uma família, mas não vai salvar a relação do casal; isto é o maior engano das pessoas, e é preciso ter ciência do que significa ter e cuidar de um como deve de ser