O que acham desses relacionamentos possessivos tão romantizados hoje em dia?

Ninguém é de ninguém. Nada é de ninguém.
Uma das atitudes mais descabidas que há vem a ser essa necessidade de querer se achar dono do outro, determinando-lhe os rumos de vida, controlando os seus passos, querendo que aja conforme aquilo que ditamos. Tiranizar o semelhante é um comportamento covarde e injusto, pois ninguém tem o direito de limitar as dimensões dos sonhos de liberdade de alguém.
O MESMO SE APLICA AO AMOR.
Pessoas devem ficar juntas, sendo parceiras e companheiras por livre e espontânea vontade, de ambas as partes. Infelizmente, muitos confundem relacionamento com prisão, parceria com obrigação, afeto com devoção. E, assim, acabam por privar o parceiro de tudo aquilo em que não estejam incluídos, afastando-o de amigos, de eventos, até mesmo da família.
Amor não tem amarras, simplesmente porque sentimento não tem limites claros, são infinitos, imensuráveis, ilimitados. Sentimento se expande, se multiplica, pois sua natureza é livre e espontânea. Não dá para tentar prender o que não consegue se diminuir, delimitar-se, o que não tem medida.
O AMOR VERDADEIRO SE INSTALA E PRONTO, FICANDO DE BOM GRADO ONDE É REGADO E LIVRE.
Quem quer trair trai, não importa o que o outro faça, não importa o que o outro diga, porque trair é uma decisão de quem não assume compromisso, só finge. Por mais que o parceiro prenda, a liberdade sempre lutará por ocupar todo e qualquer espaço inalcançável, pois é disso que ela se alimenta, dessa ânsia pelo infinito.
10/12/2020 11h34

Os relacionamentos possessivos não são romantizados. Apenas viraram uma epidemia, porque exatamente como tu descreveu,

as pessoas tem total liberdade, então o egoísmo age nos dois polos: um lado se deixando levar por "opções melhores", e o outro querendo "controlar egocentricamente" o máximo possível. A liberdade é louvável, mas nem de longe tornou a vida mais "feliz" e muito menos a sociedade "melhor". Somos uns primatas sem (muitos) pelos no fim das contas.