Parte desse aumento na aprovação deve-se ao auxílio emergencial. O mesmo auxílio que, em um

primeiro momento, o Governo Federal não queria pagar, e em um segundo momento, sugeriu que fosse no valor irrisório de 200 reais. Foi a oposição que pressionou pelo valor de 600 reais.

Só que para a dona Maria, da periferia de São Paulo, que é trabalhadora informal, mãe solteira e tem 4 bocas para alimentar em casa, de nada vale essa informação. Pouco importa se foram os parlamentares de esquerda, de direita ou do centro os responsáveis pelo valor do auxílio. Aos olhos dela, trata-se do auxílio de Bolsonaro. Esses 600 reais garantiram a segurança alimentar de sua família durante meses e, por isso, ela será eternamente grata.

Bolsonaro, é claro, soube explorar muito bem essa narrativa a seu favor. E o Governo Federal, que era contra o pagamento do auxílio, no início, pegou para si todos os créditos por ele.