anônimo
anônimo
22/03/2020 14h44

Olha, não acho que a questão é sobre as mulheres serem oprimidas ou não. A

questão mais importante é a que grupos se estende essa opressão.
Se você for definir pela prática do termo (como os justiceiros sociais usam, não o sentido lato), opressão implica em exigências e pressões sociais. Mas aí que está a coisa: essas exigências são feitas indiscriminadamente a todo tipo de grupo, e os homens não se safam disso. O molde tradicional de homem, mulher, filhos sobre um mesmo teto, compartilhando valores em comum e assumindo papéis sociais é o que contornava a dinâmica das relações intergênero. O que aconteceu não foi uma ascensão feminina, mas uma mutação nessa dinâmica, formando sociedades em que esses papéis são idealmente ausentes, mas que na prática essa ausência não se efetiva tão bem. E não só as mulheres tinham um nicho e obrigações morais, mas os homens TAMBÉM. A diferença é que qualquer insurreição masculina contra esse padrão duplo (double standard) é taxada como piada e como expressão de machismo. As feministas encaram a luta dos homens por eles mesmos como uma ameaça à liberdade feminina, o que é idiota a níveis prometeicos.
Resumindo, todo mundo tem sua fatia de dor. Mas algumas acham que têm mais direito que outras, porque supostamente sua dor é maior

Obs.: É muito fácil negativar. Eu quero argumentos. Quero entender o porquê da discordância