Eu não quero desmerecer o filme, pq sim, ele é um bom documentário. Mas num

país onde temos o eterno Coutinho e suas obras de arte... este doc não alcança a poesia do mestre.
Porém o Oscar já premiou obras parecidas com o doc brasileiro. Roger More ganhou com um doc bem televisivo, distante da linguagem do cinema.
Premiar uma cineasta mulher, num filme locucionado por uma mulher, que fala de uma presidente mulher. Ele reuniu o hype da onda de uma vez só.
e tem outra, O Oscar é campanha eleitoral, só entra quem ganha dinheiro. E aí entra em jogo o cinema de espetáculo. Cinema de espetáculo é um efeito da comunicação em massa, que diz que um filme não é apenas o que acontece na tela escura. É tbm o boneco que vende no Mcdonalds, é a fofoca da celebridade. E no caso deste, são os jantares com Leonardo di Caprio logo depois que ele foi citado por Bolsonaro.
Fofoca? Pode ser. Mas O fato que a cineasta pode pagar por uma boa campanha e encontrou um aliado de peso.
Uma última lembrança. Na premiação do globo de ouro, o Oscar foi motivo de uma piada, quando o apresentador disse que as celebridades não podem falar sobre as realidades do mundo simplesmente pq eles não vivem nessa realidade e chamou todo mundo de alienado. Os sites de esquerda, antenados com a possibilidade da indicação do doc, trataram de desmerecer prêmio e a organização britânica.
Não dá pra ignorar o espetáculo.
O prêmio, se conquistado, não será por méritos artísticos.