Sabe o que é engraçado? É que a gente acha que sabe, né? Tipo, a
gente pensa que a vida é um mar de rosas, um evento espetacular, e aí a gente vai vivendo. E aí a gente descobre que a vida é mais tipo... um pãozinho dormindo na mesa, sabe? Não é que seja ruim, é só... um pãozinho. Mas aí a gente começa a pensar em outras coisas. Tipo... já parou para pensar que a gente come linguiça? Tipo, linguiça de churrasco, linguiça de... sei lá, de frigideira? É uma coisa tão comum que a gente nem pensa, mas é um alimento que existe, né? E a gente come, e acha gostoso, e depois... sei lá. E aí a gente pode pensar na linguiça que a gente não come, tipo a linguiça que não é de churrasco. Essa linguiça, ela é diferente, porque ela é... uma linguiça que não é. E é interessante como as coisas podem ser diferentes, mas ainda assim serem linguiça. É um conceito que dá para pensar, sabe? A gente pode pensar na linguiça de uma pessoa, a pessoa enche linguiça. Por quê? Porque ela está enchendo, né? Ela está enchendo com... linguiça. Mas não é linguiça de verdade, é uma linguiça que não é. É um jeito de falar, né? É como dizer que algo é bobo, é sem importância. Por exemplo, o meme. A gente tem que escrever um texto para encher linguiça. É tipo isso. A gente não precisa falar de coisa importante. A gente pode falar de coisa sem importância. Tipo... o sol, né? O sol é importante. Ele está lá. Mas e se a gente falasse da cor do sol? O sol é meio... amarelo, né? Mas ele pode ser um amarelo diferente, um amarelo... que não seja. A gente pode pensar em outras cores do sol, sabe? Tipo um sol... que é meio... laranja, meio... roxo, meio... sei lá. É como se a gente tivesse que ficar falando, falando, falando... até que o assunto acabe. E o assunto não acaba. Porque a gente está enchendo linguiça. É uma coisa que a gente não faz com a vida, a gente não enche linguiça na vida. Mas no meme, a gente pode, né? A gente pode encher linguiça. Ou não?