O casamento não é o que faz as coisas culminarem nisso. É um desvio de

responsabilidade que a sociedade tende a colocar para retirar a responsabilidade de si mesma.

É preciso separar o simples fato da convivência, do instituto do casamento.

O que as pessoas não entendem é que o casamento não é o gerador de nada. Até porque o ato de conviver juntos pode ser entre namorados (união estável), não necessitando de casamento algum, e mesmo assim culminar na falta de sexo. O que isso, pois, tem a ver com o casamento? Nada. Até porque se casamento fosse sinônimo de morte sexual, não tinha gente casada traindo e sendo promíscua aos montes por aí, inclusive casais leais e monogâmicos que sim, mesmo casados, têm uma vida sexual ativa. O indivíduo que conta, não o casamento.

Esse fenômeno é algo que envolve questões psicológicas da mulher ou do homem, a dinâmica do casal, a falta de manutenção do convívio, ou o desenvolvimento sexual e pessoal de cada um. O envelhecimento afeta, a predisposição ou não de um ou outro também, a falta de diálogo, a falta de mantença de certos hábitos que estimulam a vida sexual a a mantém viva, dentre outros. Não é sobre casamento, é sobre atitudes e responsabilidades interpessoais entre os dois. Não adianta culpar "o casamento". Ele não é um ser vivo, um ser consciente, um objeto físico, portanto não pode afetar em NADA, é só um estado de vínculo. Uma espécie de status.

O que conta é o homem e a mulher. Essa simplificação superficial de "é culpa do casamento" é uma simples forma de não olhar para o lado complexo do assunto, e de consequentemente evitar qualquer responsabilização de um ou de outro. Não é o lado real e verdadeiro.

Casamento não tem absolutamente nada a ver com isso. Tem mais a ver com os dois indivíduos - o vínculo puramente factual - do que com o vínculo conjugal.