Quando eu era novinha minha família teve uma pira de se mudar para um sítio, mas não tínhamos dinheiro para comprar e meu pai não queria vender a casa, então minha mãe que sempre foi muito impulsiva conseguiu nos levar para ficar uns meses no sítio da minha avó no interior, enquanto meu pai trabalhava na cidade e nos visitava aos finais de semana.
A vida lá até que era bem boa. Eu acordava às 6h da manhã, às vezes mais cedo para varrer todo o quintal para limpar cocô e folhas, depois ia para o curral que ficava a uns 500m com um balde, onde meu tio estava ordenhado, eu ajudava ele com algumas coisas, tratar bezerros e tudo mais e depois voltava com o balde.
Tinha que coar o leite e ferver, então fazer o café da manhã. Depois ia lavar louças no girau e algumas roupas já que não tinha máquina, depois dar uma varrida na casa.
Após o almoço (que graças a Deus era minha avó que fazia) a gente ficava um pouco livre, podia ia pescar no açude, mas tinha que lavar louças no girau antes. Quando já estava ficando a tardinha, tinha que pegar os galões de leite que meu tio usava e lavar para ele usar no outro dia de manhã, pegar as roupas do varal, lavar dnv as louças (tinha um minador) e varrer o quintal outra vez.
O banheiro era uma privada que fedia muito, só após nossa saída que fizeram algo decente, e tínhamos que tomar banho no mesmo girau que lavamos louça.
A casa era de madeira com vários buracos e vivia entrando centopéias e aranhas enormes, além da presença das cobras. Às vezes faltava energia e ficávamos no escuro por horas, a internet era uma porcaria e não tinha sinal de internet, mas meio que meu celular era bugado, carregava por um dia e meio para eu conseguir usar por duas horas.
Dessa experiência eu tirei que dá para ter uma vida boa no interior... Só que as condições não eram favoráveis, eu era uma criança de 11 anos, tinha vários adultos e eles me exploravam muito, além daqueles fatores desagradáveis que citei.
A vida lá até que era bem boa. Eu acordava às 6h da manhã, às vezes mais cedo para varrer todo o quintal para limpar cocô e folhas, depois ia para o curral que ficava a uns 500m com um balde, onde meu tio estava ordenhado, eu ajudava ele com algumas coisas, tratar bezerros e tudo mais e depois voltava com o balde.
Tinha que coar o leite e ferver, então fazer o café da manhã. Depois ia lavar louças no girau e algumas roupas já que não tinha máquina, depois dar uma varrida na casa.
Após o almoço (que graças a Deus era minha avó que fazia) a gente ficava um pouco livre, podia ia pescar no açude, mas tinha que lavar louças no girau antes. Quando já estava ficando a tardinha, tinha que pegar os galões de leite que meu tio usava e lavar para ele usar no outro dia de manhã, pegar as roupas do varal, lavar dnv as louças (tinha um minador) e varrer o quintal outra vez.
O banheiro era uma privada que fedia muito, só após nossa saída que fizeram algo decente, e tínhamos que tomar banho no mesmo girau que lavamos louça.
A casa era de madeira com vários buracos e vivia entrando centopéias e aranhas enormes, além da presença das cobras. Às vezes faltava energia e ficávamos no escuro por horas, a internet era uma porcaria e não tinha sinal de internet, mas meio que meu celular era bugado, carregava por um dia e meio para eu conseguir usar por duas horas.
Dessa experiência eu tirei que dá para ter uma vida boa no interior... Só que as condições não eram favoráveis, eu era uma criança de 11 anos, tinha vários adultos e eles me exploravam muito, além daqueles fatores desagradáveis que citei.

anônimo
31/07/2025 22h36
Sempre morei em área rural, minha experiencia é de que as pessoas costumam se ajudar
mais, lógico que existem exceções, mas no geral a maioria sabe que pode e provavelmente um dia vai precisar do outro se já não precisou, no estilo uma mão lava a outra e releva mais certas coisas pra evitar conflitos. Aqui é calmo, ainda que já tenha tido assaltos a casas, mas em média é 1 a cada 2/3 anos, existe a oportunidade e espaço de criar animais de estimação e com finalidade comercial ou de consumo, também da pra ter horta e produzir o próprio alimento, ainda que tenha os problemas do clima (seca, chuva em excesso, granizo, geada, etc) e os bichos e pestes que podem atacar as plantas. Muita coisa precisa ir na cidade fazer, então acaba acumulando pra ir fazer num determinado dia e se chover a estrada pode ficar embarrada e as pontes submersas, dificultando a locomoção. Quanto a comunicação, aqui pega 4G das 3 operadoras e a internet é via rádio, embora em alguns locais já tenha fibra ótica, quando tem temporal se tiver muito estrago a luz costuma demorar a voltar, por vezes dias, aí pode recorrer a um gerador, mas eleva o gasto com combustível e ele pode dar problema também.Durante a pandemia houve uma grande procura de terrenos rurais por gente que vinha da cidade, desses alguns vieram na intenção de ser retirante de fim de semana e aqui continuam todos, já outros vieram pra morar, alguns foram pra produção rural ou turismo (cabanas, etc), mas muitos desses voltaram pra cidade sem realizar todos os planos, não é fácil como parece e requer trabalho pra manter limpo em vez de apenas descansar.
Em resumo, eu acho que o custo de vida se torna mais barato, ainda que tenha alguns dependes e se for criar animais vai ter retorno, mas terá que gastar pra alimenta-los ou com veterinário caso adoeça. Oportunidades de emprego são bem mais escassas e fica na dependência de ter um transporte e saber dirigir ou depender de terceiros, pois ônibus são poucos locais que ainda tem.