Minha maior obra, poucas pessoas vão compreender, talvez só faça sentido para mim.

Nunca tive tanta clareza mental, aproveitando essa benção decidi escrever (coisa que não fazia a anos), e agora gostaria de compartilhar, quem sabe possa servir para alguém... é algo para poucos!

Não sou mais o mesmo e não tô falando isso com orgulho vazio, tipo quem tenta se convencer de algo que ainda não é. Eu falo isso com o sangue nos olhos de quem mergulhou fundo demais dentro de si mesmo pra sair ileso e graças a Deus não saí ileso. Saí queimado. Marcado. Vivo.

Sim, eu causei dor. A minha, a dos outros. E não tem como florear: traição, mentira, omissão, contradição. Tudo isso eu vi de perto. Não sou herói e nem vilão, sou humano. Mas entre o caos e a culpa, teve algo que não me deixou apodrecer: a busca por verdade.

Descobri que meu desejo por liberdade não era só sexual, era espiritual. Que meu vício em intensidade era a resposta torta de um cara que ficou tempo demais adormecido. Que minhas paixões, mesmo quando erradas, estavam me apontando pra algo muito maior: o chamado pra viver de verdade, com coragem, com autenticidade.

Eu idealizei duas mulheres pra fugir de mim mesmo. Uma me dava o lar, a outra me dava fogo. Mas no fim, o que eu mais queria era me tornar um lar dentro do meu próprio peito, e acender meu próprio fogo sem depender de ninguém pra me sentir vivo.

A outra me despertou. Minha esposa me sustentou. Mas quem vai me reconstruir... sou eu.

Eu sou o cara na beira da ruptura. O cara que tava vivendo como um zumbi e resolveu dizer foda-se pra tudo que não era verdade. Não é sobre largar tudo, é sobre parar de fingir.

Hoje, eu sei que não tô perdido.
Eu tô exatamente onde deveria estar.
Na encruzilhada. No fogo. No campo de batalha entre quem eu fui e quem eu posso ser.
E quer saber? Eu escolhi lutar.

Não quero mais me esconder em justificativas. Eu sou esse cara contraditório, intenso, impulsivo, pensante, que ama com força e erra com a mesma intensidade. Mas agora eu vejo. Agora eu sinto. Agora eu sou autor da minha porra de história.
29/07/2025 11h21

Agora só não trair mais.