Tudo que está fora de nós parece que é mais maravilhoso. Todos os outros sempre
parecem mais perfeitos e isso se dá de modo muito natural: é comum sentirmos que carecemos de algo e àquilo que nos falta (em geral) o outro parece sempre possuir. Em compensação, quando, apesar de toda nossa fraqueza e dificuldade, conseguimos ir tocando a diante, é comum descobrimos que mesmo com esse modo de bordejar e navegar contra o vento, às vezes ainda chegamos mais longe do que outros que velejam de vento em polpa. E quando nos sentimos a altura dos outros, temos de fato uma sensação muito verdadeira de nós mesmos.