Sim! Apoio porque sou lésbica, e sei na pele o que é viver como refém...
com medo, com vergonha, tentando esconder quem se é pra caber em padrões que nunca fizeram sentido.Sei o quanto é difícil amar e existir num mundo que insiste em dizer que ser quem sou é errado. Porque não é sobre “ter coragem”, é sobre sobreviver e, quando possível, viver com dignidade, com afeto e com liberdade.
O movimento LGBT não é só bandeira e parada é resistência, é proteção, é espaço de acolhimento pra quem sempre se sentiu fora de lugar. Apoiar esse movimento é, pra mim, uma forma de garantir que ninguém mais precise passar a vida se odiando por ser quem é.
E quem faz questão de criticar, e ainda por cima se apega só aos exageros ou casos isolados, na verdade está sendo preconceituoso de forma velada. É uma tentativa de deslegitimar uma luta legítima usando exceções pra justificar um incômodo pessoal com a existência do outro.
É como se dissesse: “eu não sou contra, *mas…” e esse “mas” sempre vem carregado de julgamento, desprezo ou superioridade. No fundo, é uma forma disfarçada de manter o preconceito vivo, só que tentando parecer "racional" ou "neutro".
A verdade é que quem se incomoda tanto com o amor e a liberdade dos outros precisa olhar pra si.