Não estou tirando a culpa dos agressores nem falando de casos mais graves tipo quando zombam da cor da pele ou da deficiência de alguém, mas de algumas coisas que poderiam ser mudadas.
Eu sofri muito bullying na infância e na adolescência por estar acima do peso. Não era caso de ser obesa mas eu pesava de 15 a 20kg acima do que era o ideal e claro que os outros alunos não perdoavam. Ouvi tudo quanto era apelido. Outra coisa que acontecia era que eu andava limpa, mas lá em casa ninguém ligava pra vaidade. As outras meninas iam sempre com algo no cabelo, um lacinho diferente, um penteado, e eu ia toda mulamba com um coque no cabelo igual às irmãs da Bléia (nada contra a igreja rs), tinha que usar roupas mais largas, etc. Isso tudo só ajudou a ferrar ainda mais com a minha autoestima.
Fico pensando que se meus pais tivessem feito algo, as coisas poderiam ter sido diferentes. Eles nunca ligaram pro meu peso nem me incentivavam que eu me arrumasse mais. O coque era minha mãe quem fazia e ela não gostava que quando eu tentava fazer uma simples trança. Meu pai vivia direto comprando porcaria pra eu comer e engordar mais. Penso no tanto de crianças e adolescentes nessa mesma situação, sendo zoados por causa do peso e que os pais são negligentes.
E isso vale pra outras coisas também. Lembro que tinham colegas que eram zoados porque iam com a roupa suja, algumas meninas do cabelo crespo iam despenteadas e era motivo pra que zoassem o cabelo delas. Nesse caso, não dá pra mudar o cabelo mas dá pra pentear pelo menos. E outras coisas do tipo.
Claro que não se deve ficar zoando as pessoas por isso, mas cheguei a conclusão de que os pais tem, sim, um pouco de culpa nesses casos em que dá pra fazer algo pela aparência.
Eu sofri muito bullying na infância e na adolescência por estar acima do peso. Não era caso de ser obesa mas eu pesava de 15 a 20kg acima do que era o ideal e claro que os outros alunos não perdoavam. Ouvi tudo quanto era apelido. Outra coisa que acontecia era que eu andava limpa, mas lá em casa ninguém ligava pra vaidade. As outras meninas iam sempre com algo no cabelo, um lacinho diferente, um penteado, e eu ia toda mulamba com um coque no cabelo igual às irmãs da Bléia (nada contra a igreja rs), tinha que usar roupas mais largas, etc. Isso tudo só ajudou a ferrar ainda mais com a minha autoestima.
Fico pensando que se meus pais tivessem feito algo, as coisas poderiam ter sido diferentes. Eles nunca ligaram pro meu peso nem me incentivavam que eu me arrumasse mais. O coque era minha mãe quem fazia e ela não gostava que quando eu tentava fazer uma simples trança. Meu pai vivia direto comprando porcaria pra eu comer e engordar mais. Penso no tanto de crianças e adolescentes nessa mesma situação, sendo zoados por causa do peso e que os pais são negligentes.
E isso vale pra outras coisas também. Lembro que tinham colegas que eram zoados porque iam com a roupa suja, algumas meninas do cabelo crespo iam despenteadas e era motivo pra que zoassem o cabelo delas. Nesse caso, não dá pra mudar o cabelo mas dá pra pentear pelo menos. E outras coisas do tipo.
Claro que não se deve ficar zoando as pessoas por isso, mas cheguei a conclusão de que os pais tem, sim, um pouco de culpa nesses casos em que dá pra fazer algo pela aparência.

anônima
O bullying é um problema de toda a sociedade, mas é na escola, onde estão
reunidos vários grupos sociais, a situação se escancara, pois envolve questões socioeconômicas, religiosas, estética, higiene, cultura, etc.A situação pessoal que você descreveu é questão de zelo. Você não teve uma família zelosa. Eu posso estar próximo aos 30, mas até hoje minha mãe tem essa preocupação com a roupa que saio, com o cabelo.
Infelizmente, a responsabilidade da família, principalmente, quando se trata de participação na vida escolar do filho, só aparece em artigos da Constituição, porque de fato não acontece. Hoje, as escolas são depósitos de todos os problemas da sociedade, alunos com ansiedade, neurodivergentes, acéfalos, viciados em drogas, etc.
A culpa não é só dos pais, a culpa é de todo um sistema que sai atribuído funções a quem não compete.