Como manter a igualdade a longo prazo caso ocorresse uma reforma agrária?

Eu não estou defendendo nem um lado nem outro, apenas gostaria de entender sobre isso na perspectiva de quem defende. Digamos que ocorresse então uma Reforma Agrária, com latifúndios desapropriados e as terras redistribuídas de forma mais justa e equilibrada, e cada pessoa recebesse um pedaço de terra “equivalente”.
Mesmo que essa divisão ocorresse de forma justa, a minha curiosidade é saber como essa igualdade seria mantida com as próximas gerações e a longo prazo?

As propriedades iriam passando de geração para geração para geração na agricultura familiar? Mas nesse caso como fariam para manter a distribuição igual se cada família tem um número diferente de filhos? Se uma família tivesse 5 filhos cada um teria 0,2 (20%) da unidade de terra, e se uma pessoa tivesse somente 1 filho que se casasse com outra pessoa filha única, esse casal teriam 2 unidades de terra.

Ou a cada geração que morresse ou de anos em anos seria feita uma nova reforma agrária com todas as terras sendo redistribuídas novamente por causa da maneira que cada um lidou?
anônima
anônima
anônimo
anônimo
29/04/2025 20h31

uma Reforma Agrária de fato é difícil de imaginar, embora necessária, já devia ter sido

feita a muito tempo, mas a área já destinada a esse fim no país é maior que a Alemanha, ou seja, mal feita. O MST tem gente bem intencionada que quer um canto pra morar e produzir, mas também tem quem quer pegar pra arrendar pra médio/grande produtor de soja e ganhar sem trabalhar. E a agricultura familiar tá longe de se limitar a esse grupo.
Respondendo tua pergunta, se trata de um cenário utópico, na prática dificilmente funcionaria assim, mas podia acontecer em algum lugar. Nessa hipotese, a solução a seria uma redistribuição contínua a ser avaliada a cada determinado período de tempo.