"Você acredita que livre arbítrio existe?"

Sim.

"Ou nosso cérebro nos controla?"

Sim.

Não há contradição entre uma coisa

e outra.

"Recentemente vi um artigo dizendo que nosso cérebro não passa de um robô matemático com comportamentos pré programados impossíveis de serem mudados."

Ok. A imutabilidade da "programação" do cérebro não significa impossibilidade de adaptação. A "programação" pode prever flexibilidade de ação.

"Seguindo essa linha de raciocínio o livre arbítrio não passa de uma filosofia ilusória que o ser humano criou pra se sentir importante,"

Non sequitur.

" pois o cérebro é quem te comanda e ele decide se quer mandar um elétron num momento completamente aleatório do dia pra você ir fumar um cigarro, beber cerveja ou ir se masturbar, e quando esse elétron é ligado, você se torna um completo robô e perde totalmente sua autonomia."

Demonstre que a vontade do "seu cérebro" é diferente da "sua vontade". Não é possível estabelecer essa separação e tratar de maneira dualista o ser e o cérebro. Do fato de o cérebro ser você e você ser a soma das sinapses neurais que são essencialmente fenômenos físicos não se segue automaticamente que não existe liberdade de ação. Isso é um salto lógico.

"O máximo que podemos fazer é evitar que esse elétron se ligue não estando em ambientes propícios ao vício, mas nunca conseguiremos controlar o elétron depois que ele liga, pois de acordo com os pesquisadores não passamos de robôs."

A Navalha de Occam é um princípio filosófico que, em termos simples, diz que entre duas explicações igualmente possíveis para um fenômeno, deve-se preferir a mais simples. Que você simplesmente esteja recorrendo ao determinismo biológico para racionalizar seus vícios em vez de ter que se esforçar para mudá-los é uma explicação muito mais simples do que o determinismo biológico.

"Você concorda com essa afirmação?"

Não.