27/09/2024 13h24

Isso é reflexo do modo de viver das novas gerações e das gerações antigas também

em relação ao uso das tecnologias.

O uso de smartfones, da internet e a conectividade virtual constante, por mais paradoxal que seja, afasta as pessoas da criação de vínculos fortes e conexões humanas.

O estímulo visual e tátil do plano das telas, mantém as pessoas na superficialidade, a visualidade é um sentido de afastamento por excelência. O deslizar do corpo, pelo liso e polido dos objetos, não admite atrito, desavenças ou imperfeições.

Os seres humanos são contraditórios, é isso que nós faz humanos, essa lógica condicionada do pensamento pela tecnologia é incompatível com as relações humanas que sempre enfrentarão atritos e desavenças, é por isso que aprender e entender de política se faz mais necessário do que nunca atualmente. O Liso, não admite textura, nuances, ruídos... E como as pessoas são ruidosas! E como!!!

Essa vida artificial, virtual e sintética, não admite esse contato orgânico humano. O q se cobra da tecnologia é o imediatismo, palavras e ideias que hoje são corriqueiras e comuns e que são o pesadelo para as pessoas como: lag, Spike, bug... Causam frustração e irritação de uma maneira tal, isso exemplifica bem o que eu quero dizer. A relação do ser humano é maquínica, tratam as pessoas como coisas, coisas úteis, e a essência do que é útil, dos utilitários, engana-se quem acha que são as propriedades da coisa, a essência é estar a mão, é ter-se a segurança de que aquilo estará disponível quando necessário. Sabemos bem que as pessoas não funcionam assim, para se criar laços é necessário paciência e abdicar de muita coisa para um relacionamento dar certo.

As pessoas hoje em dia não estão prontas para essa verdade. Querem tudo a mão no imediatismo de agora. A cabeça tão viciada no prazer de receber o que quer, quando quer, não suporta frustrações.

As gerações atuais e as pessoas imersas nesse modus operandi, vêem a frustração como um tipo de violência.

É por aí...