O primeiro questionamento que faço sobre essa situação é por que alguém se imagina com

outra pessoa enquanto está fazendo sexo com alguém ali. Seria por que não sente atração pela pessoa com quem está? Ou tem um vício em fantasiar sobre pessoas diferentes? Será que tem sentimentos por outra pessoa e prefere pensar nela? Ou ainda, talvez não seja realmente monogâmico e, no fundo, sente a necessidade de ter relações com outras pessoas?
Com esses questionamentos, afirmo que, se alguém está transando com outra pessoa, não deveria tratá-la como um objeto ou um mero instrumento de prazer. É fundamental se entregar de verdade ao momento e àquela pessoa. Partindo do princípio de que o sexo deve ser sempre consensual, se ninguém obrigou ninguém a se envolver, por que fazer algo que é, no mínimo, questionável?

Quanto à questão de se isso configura traição, acredito que qualquer ação consciente que se sabe que machucaria o parceiro, caso fosse descoberta, é, sim, uma traição. Existem diferentes tipos e níveis de traição, mas não deixa de ser uma. Afinal, se você acredita que isso não incomodaria o parceiro, não há problema em compartilhar o que realmente passa pela sua cabeça durante o sexo.

Isso nos leva ao meu último ponto. Muitas pessoas pensam que apenas imaginar não é um problema. Portanto, é importante conversar com o parceiro sobre isso. Discutam suas fantasias e sobre quem costumam fantasiar. Se ambos se sentirem bem com essas conversas, então não há nada de errado e nenhuma traição está ocorrendo. O problema surge quando alguém finge ser uma pessoa, mas, em sua mente e coração, abriga ideias e sentimentos completamente diferentes do que comunica ao parceiro.